Segurança nos alimentos do consumidor é pauta na série de Diálogos CLB de agroquímicos

Segundo encontro trouxe como são feitos os processos de avalição de risco e os programas de monitoramento vigentes no país.

Em continuidade a série de Diálogos CLB – Segurança dos Agroquímicos, a CropLife Brasil (CLB) trouxe à pauta, nesta quarta-feira (15), a confiabilidade e as garantias de segurança dos alimentos provenientes do campo, consumidos pela população. O segundo encontro, que reuniu 80 participantes de forma híbrida, abordou conceitos da avaliação de risco na dieta e a segurança para o consumidor de alimentos. Os eventos são exclusivos para os associados, e voltados às áreas técnicas e transversais.

Foram apresentados conceitos e fórmulas utilizadas para calcular a concentração dos resíduos considerados durante a avaliação de risco de um agroquímico, além dos processos legais que a indústria deve seguir antes que o produto chegue às prateleiras. Além disso, foram apresentadas informações sobre os programas de monitoramento do Governo Federal, como o PARA (Programa de Análise de Resíduos de Alimentos), realizado pela Anvisa, e o PNCRC (Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes), do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).  

“A atuação do Brasil, no sentido do MAPA, IBAMA e Anvisa, é muito elogiada internacionalmente e utilizada como case, especialmente na América Latina. Isso também mostra o quanto a nossa legislação e modelo regulatório está sendo utilizado como inspiração para outros países. O fato se deve ao processo de desenvolvimento rigoroso de um agroquímico que temos no país, que requer o cumprimento de diversos critérios, testes e recomendações. E estamos evoluindo cada vez mais”, considerou o especialista em Assuntos Regulatórios de Defensivos Químicos da CropLife Brasil, Pedro Duarte.

O diálogo foi organizado pela equipe de Defensivos Químicos da CLB e contou com a palestra da Simone Guimarães, toxicologista regulatória e especialista em segurança do consumidor em químicos na BASF, sendo responsável regional e global de ingredientes. Guimarães é formada em Engenharia Química pela USP e pós-graduada em Ciências Toxicológicas pela Faculdade Oswaldo Cruz. 

A especialista detalhou em sua apresentação o que significa o chamado Limite Máximo de Resíduos (LMR), que define a quantidade máxima de resíduos de agrotóxicos permitida nos alimentos, quais ritos ele segue e os fatores que o impactam. Com relação ao campo, ressaltou a importância das boas práticas agrícolas, desde o início do plantio, para a chancela do produto a ser levado ao consumo final. Também diferenciou os termos exposição crônica e exposição aguda, com base em estudos, e quais concentrações poderiam levar a efeitos adversos. 

“Os estudos de resíduos são a base do que estamos abordando hoje neste encontro. O Brasil é um dos países com instruções normativas mais rígidas e estamos acompanhando o que as principais normas internacionais fazem e estabelecem. Estamos em um nível de conhecimento, não só por parte de empresas, mas de autoridades, cada vez mais avançando. E o resultado dos estudos de avaliação de risco é importante tanto para nós, indústria, como também como consumidores de alimentos que somos”, concluiu Simone.

O workshop é parte da jornada de três encontros que abordará aspectos relacionados aos critérios e análises da indústria de defensivos químicos e os processos de avaliações de risco relacionadas ao meio ambiente, saúde humana e alimentos. O próximo e último encontro ocorre em 28 de outubro, com aprofundamento no tema da Avaliação do Risco de aplicadores, trabalhadores, residentes e transeuntes. 

 

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