Em entrevista ao Bom Dia Agronegócio, Nilto Mendes, da CropLife Brasil, destacou que o combate ao ecossistema criminoso se faz pela capacitação e cooperação.
O Brasil enfrenta, atualmente, o avanço de produtos agrícolas ilegais e do crime organizado no campo. O enfrentamento desse ecossistema depende da capacitação e cooperação entre os atores do setor, sobretudo na aliança entre indústria, poder público e academia. A observação é de Nilto Mendes, gerente de Combate a Produtos Ilegais na CropLife Brasil, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio.
No diálogo, Nilto sinalizou que o que antes eram irregularidades isoladas, agora têm se tornado ilegalidades estruturais. A indústria brasileira de tecnologias agrícolas vem sendo vítima da rede de criminosos organizados que exploram vulnerabilidades do setor, tanto no sistema regulatório, quanto na fiscalização e na repressão ao mercado ilícito no campo. Crimes como falsificação, adulteração, contrabando de insumos, especialmente àqueles bases da produção agrícola brasileira, ou seja, os defensivos químicos (agrotóxicos) e as sementes, que geram embargos, prejuízos e concorrência desleal.
O Comitê de Combate a Produtos Ilegais da CLB, que atua de forma coordenada com o poder público, desenvolve ações incluem conscientização por meio de campanhas, capacitação de agentes de segurança e fiscalização em parceria com a Universidade de São Paulo, destinação ambientalmente correta dos produtos oriundos do crime e canal para recebimento de denúncias.